ÁGUA
Lavo as mãos.
Escorre algo entre a dor e a ilusão.
Lavo a alma, lavo, limpo.
Sinto e sinto
doce líquido em afeto
pelo meu corpo.
Envolta em paz,
amo-me cada vez mais.
Catarse.
Nada enraíza
no que antes era desespero.
Vejo ausência de significado em ti.
Lavo as lembranças.
E canto neste banho.
E me banho neste canto
escuro da dor.
Água a escorrer...
Ar a me penetrar...
Aceito a injustiça.
Aceito e esqueço.
Água não me deixa falar.
estou a sentir
e sinto o fim...
-Karla Bardanza-
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