Conheço um rio sem destino,
confluência de mágoas e de sonhos,
onde os barcos navegam para sul.
Perto do meu corpo nada é interdito,
a não ser um súbito verão
prolongado nas franjas da memória.
Amanhece na espessura dos desejos,
como se a madrugada descrevesse
a violência, em rotação azul,
ou crescessem papoulas nos olhos de quem ama.
-Graça Pires-
Nenhum comentário:
Postar um comentário