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domingo, 28 de fevereiro de 2016

Carlos Drummond de Andrade

Tudo eles viram, viram as águas quietas e suaves, 
as águas inquietas e sombrias...
E viram a lama das paisagens sob o outono, 
o voo dos pássaros vadios, 
e os crepúsculos sanguejantes...
E viram toda a beleza da terra, esparsa nas flores e nas nuvens, 
nos recantos de sombra e no dorso voluptuoso das colinas...
E a beleza da terra se fechou sobre eles 
e adormeceram vendo a beleza da terra...
-Carlos Drummond de Andrade-


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